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Uma visão paralela sobre os valores estabelecidos.
Uma das formas mais comummente adoptadas pelo ser humano para homenagear determinada personalidade pelos seus feitos não é atribuir-lhe um prémio nem elogiá-la através de palavras honrosas. Quando em grupo, a opção mais fácil inventada até hoje consiste em bater violenta e ruidosamente as palmas das mãos uma na outra, tal como fariam alguns ajuntamentos de primatas famintos em necessidades fisiológicas. E quanto mais tempo durar o chocalhar das mãos, mais célebre é o destinatário aclamado, mesmo que a maioria dos prestadores da dita homenagem não tenha sequer ideia de quem foi ou o que fez a personalidade em questão. Contudo, a partir de certo ponto do processo, estes indivíduos começam a entreolhar-se, dissimuladamente, em busca sôfrega por um voluntário que ouse iniciar a cadeia de desistências. E basta um que baixe as gadanhas, assumindo-se pioneiro, para que a hipocrisia se silencie rapidamente e seja esquecida para sempre.