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Para quem opina que os músicos portugueses vivem hoje à custa dos seus sucessos do passado, devo dizer que, pessoalmente, discordo de tal injusto ponto de vista. Aliás, acho que estão a atravessar actualmente uma fase criativa que transborda de talento. Aquelas poses fotográficas que servem de capa aos best-ofs, compilações e outras reedições, são de facto fruto de esmerado dom artístico.

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Ninguém consegue pôr fim àquela mania dos locutores de rádio dizerem, com uma convicção divina, “Hoje o mercúrio deverá atingir os 25 graus”, quando inauguram o bloco meteorológico diário. Em primeiro lugar, pessoas que passam o dia em cubículos selados não me parecem ser as mais indicadas para me falarem do tempo que vai estar lá fora. Além disso, esse isolamento não permite a tais comunicadores acompanharem as últimas evoluções tecnológicas, isto porque toda a gente sabe que se deve dizer “Hoje os visores de cristais líquidos dos termómetros electrónicos digitais, se correctamente alimentados por pilhas carregadas, deverão apresentar os dígitos 2 e 5”.

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Não aprecio muito aquele hábito que algumas pessoas têm de trautear determinadas melodias monocórdicas e proferir versos sem qualquer tipo de organização rimática. Isso não é música, é Tiago Bettencourt. Ao menos vamos dar crédito a quem inventou um género musical que só é bem tolerado por pessoas num quadro clínico de reabilitação mental pós-operatória.

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Para os homens que actualmente enfrentam problemas emocionais, ou de carácter sexual, há uma solução eficientemente simples. Ir ao psicólogo? Nem por isso. A cura está em visitar certos blogs. Para onde quer que uma pessoa se vire na blogosfera, irá sempre deparar-se com textos alusivos ao sexo feminino, onde certos doutorados convertem em palavras conselheiras as suas vastas e frutíferas experiências na área. Há pouco tempo descobri este blog, onde o autor, um especialista reputadamente estabelecido – a julgar pela sabedoria cómica com que escreve, expõe um texto sobre uma vaca e as suas tetas. Depois de grande esforço cognitivo descobri que a vaca era afinal uma alusão metafórica a uma mulher. Até hoje contenho as gargalhadas. Hilariante, genial, nunca antes visto. Mas a obra épica não fica por aqui. Ao encaminhar-me para um post anterior no referido blog deparo-me com mais um diamante: “Mulher é como frango assado. Primeiro abre-se a meio. Depois põe-se no espeto”. Mais uma vez, uma peça artística de eleição, tirando o facto de estas palavras virem dar a conhecer a incapacidade deste sujeito para tarefas culinárias. Receio que, entre abrir o frango a meio e colocá-lo no espeto, ainda haja um longo caminho a percorrer. Para além disso, este autor, corajosamente, deu-lhe o nome de frango assado e não de churrasco, mas também reconheço que hoje em dia há muita discussão sobre a designação verdadeira do frango que vai ao espeto. Mas seja vaca ou frango, depois disto só quero saber quando sai o livro.

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Para além da errada e abusiva integração deste termo nas frases, problemática já focada anteriormente, tenho reparado que cada vez mais pessoas tendem a recorrer ao LOL inconscientemente como se de uma vírgula se tratasse. Como exemplo, «Foi grande noite lol a repetir lool sem dúvida» tornam a leitura monofoneticamente irritante. Ao menos a vírgula desempenha o seu papel silenciosa e eficientemente, numa simplicidade visual exemplar, sem exigir do leitor qualquer tipo de mecanismo de compreensão. Outra vantagem, e talvez a mais evidente, é o facto de a vírgula possuir uma tecla própria, ao contrário do LOL que requer uma articulação tripla a nível motor, para além de toda a descodificação cognitiva que, inevitavelmente, uma sigla do género exige do leitor. Pensar racional.

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Aqueles figurantes que nos programas da manhã estão sentados lá atrás, rindo desgraçadamente a cada vírgula do apresentador e aplaudindo numa sincronização robótica assim que recebem instruções para tal, fazem-me temer pelo mundo que hoje conhecemos. Não no sentido da proliferação da submissão humana que directamente está associada a este fenómeno mas sim no aspecto da revolta que, tenho a certeza, silenciosamente está a ser construída no interior destas máquinas humanas remotamente comandadas. Temo que um dia os produtores destes programas percam o controlo sobre estes seres e eles fujam dos estúdios, contaminando massivamente o resto da população com risos hipócritas, gargalhadas e aplausos falsos. É que já se começa a ver muita gente com sintomas do género...

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